O nome Quinta do Noval apareceu pela primeira vez em registos no ano de 1715.
A história da Quinta do Noval é marcada pela ação de visionários:
António José da Silva, comerciante de Vila Nova de Gaia adquiriu a Quinta do Noval em 1894 depois de esta ter sido devastada pela filoxera. Reestruturou a propriedade replantando as suas vinhas.
Luiz Vasconcelos Porto, seu genro, foi o autor de um vasto conjunto de inovações, transformou os antigos socalcos estreitos em socalcos mais largos, que são característica distintiva da Noval, com as suas escadas caiadas de branco. Estes socalcos permitem uma utilização mais eficiente do solo e uma melhor exposição solar, tendo sido considerados revolucionários na altura.
A Quinta do Noval ganhou reputação com a declaração do 1931 Quinta do Noval Porto Vintage e o 1931 Quinta do Noval Nacional Porto Vintage, que são provavelmente os Vinhos do Porto que mais sensação causaram durante o século XX. Nesse ano, devido à recessão mundial e à enorme produção e distribuição do Vintage de 1927, a maioria dos produtores não declararam Vintage. O sucesso obtido estabeleceu a Quinta do Noval entre os grandes nomes do vinho do Porto Vintage no mercado Inglês e norte-americano, uma posição de liderança em termos de reputação, que ainda hoje mantém.
A Quinta do Noval faz parte do grupo vinícola internacional AXA Millésimes desde 1993.
Uma nova linha de engarrafamento e um armazém foram concluídos em Alijó, próximo do Pinhão, em 1997. Este projeto tornou a Quinta do Noval a primeira das casas tradicionais de vinho do Porto a centralizar todas as atividades no Douro.
Nos anos 90, uma centena de hectares da propriedade foram replantados, adaptando os métodos de poda às necessidades de cada parcela. Atualmente, possuímos uvas de elevada qualidade que, por um lado, garantem a excelência dos vinhos do Porto da Quinta do Noval e, por outro lado, a produção dos vinhos do Douro desde 2004.
Conhecidos no mundo inteiro pelos seus vinhos do Porto, pelo Quinta do Noval Vintage, feito a partir de uma seleção rigorosa dos melhores lotes da nossa vinha de 145 hectares, pelo Quinta do Noval Nacional Vintage, proveniente de uma pequena parcela no coração da Quinta, ou, até pelos nossos vinhos do Porto Tawny envelhecidos e Colheitas. A Quinta do Noval produz excelentes vinhos que têm o selo da sua origem.
As diferenças subtis de orientação, clima e solo das várias parcelas desta extensa vinha proporcionam aos vinhos da Noval a complexidade e profundidade que lhes são únicas, quer estejamos a produzir vinhos do Porto ou vinhos tintos e brancos não fortificados.
A equipa da Quinta do Noval dedica-se à tarefa de cuidar deste excelente terroir de vinhas. Esforçamo-nos todos os anos para produzir vinhos merecedores do nome Noval e de ocuparem o seu lugar junto de todos os excelentes vinhos do passado ilustre da Quinta do Noval. Temos plena consciência desta gloriosa história, bem como de que este é um excelente momento para a Quinta do Noval e de que a nossa vinha é capaz de produzir vinhos que se encontram entre os melhores do mundo.
Desde 2004 vem produzindo varietais como a casta Petit Verdot, onde apresenta seu excelente resultado no
Quinta do Nova Petit Verdot IGP.
O Petit Verdot é uma variedade superior com uma forte personalidade individual e um enorme potencial de qualidade. É mais conhecido pela sua presença em pequenas proporções nos lotes dos grandes vinhos do Médoc. Precisa de sol e calor para amadurecer por completo, e adaptou-se extremamente bem ao Douro, produzindo um vinho de casta única de caráter e individualidade exuberantes.
Este vinho apresenta uma cor muito intensa que transmite desde logo a sua exuberância. É muito expressivo com aromas a frutos silvestres bem casados. A barrica está muito bem integrada suportada pela estrutura tânica. Melhorará em garrafa por muitos anos.
Outra casta em produção é a Syrah, também muito bem representado no Quinta do Noval Syrah IGP.
O essencial que as castas se adaptem bem ao seu novo meio e se integrem como se fossem castas do Douro. Neste caso, a casta Syrah adaptou-se perfeitamente, exprimindo mais o “terroir” do Douro do que a tipicidade da casta.
Este vinho tem uma cor violeta com aromas a cassis bem evidentes, bergamota, flor de laranjeira e alguma especiaria. Na boca apresenta-se fresco com taninos bem polidos e uma textura muito agradável que leva a um final longo e expressivo.
Evidentemente a Touriga Nacional é a casta mais tradicional, ricamente representada no
Quinta do Noval Touriga Nacional DOC.
Vinho Intenso e concentrado, com uma estrutura de taninos refinada, o Touriga Nacional distingue-se pela sua delicadeza, uma característica do estilo Quinta do Noval. É o resultado de uma estrita seleção dos melhores lotes produzidos pela nossa Quinta.
Este vinho de cor violeta apresenta um aroma floral e apimentado, suportado por um elegante equilíbrio e textura. Violeta, cereja e alguma mineralidade invadem a prova em boca, com notas de chocolate no final. Extraordinário equilíbrio e postura caracterizam este vinho.